minha esposa passeia pelas melhores habilidades de casa, auxiliada pelas vozes ocultas do feminino,
que são palavras da mansa sabedoria divina :: oculta-se nela o poder divinatório da comida, que a torna
qual cOra coRalina, a mulher mais forte, a minha queriDa e maior fonte :: minha esposa pinta e aumenta o pensamento
feminino dentro de nossa casa :: minha esposa não é só lindA :: é a mais linda, porque a mais feminina ::
sou da corrente marítima do valor materno :: sou o que ela, no fundo, na intimidade mais íntima
do ser perfeito cozido em sua panela, colhe como paz na colheita :: eu sou a matéria de seu útero
a mim costurado, como tenso amor cansado de guerra :: eu sou o último guerreiro que seus olhos
já cansados de procurar podem ver :: eu sou a sua cria :: eu sou a verdade pura, filtrada, última,
uma espécie de água que voa a lhe alisar as saias, ou um vento a lhe balançar as mais altas folhas :: e nessa lentidão
amorosa, que nos une desde que chegamos aqui em Goiânia, a partir de forças longínquas, reforçamos
nossas vidas - eu, como poeta amoroso, brincador, artista; ela, como a ilustração mais perfeita da mulher
mais bonita, a mais real de todas as princesas que a minha imaginação infinita a mim mesmo
deixa ver, árvore misteriosa, antiga, imensa :: a própria cor terna, perigosa e tentadora, a inspirar
o amor à pátria e à língua :
sílvia,
te amo (e feliz aniversário, daqui a dois dias :: >< vinte e dois de fevereiro de dois mil e treze ::

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