sinto que temos o amor profundo dos celeiros ou repositórios, das coisas maduras, que, anoitecidas, abastecem,
porque outorgadas por um sonho maior do mundo :: como nos teus cortes de cabelo, ou nas tuas ousadias
pequenas, litúrgicas, de abrandar a vida com pincéis, ou literatura :: abro a música que te refaz, uma homilia
úmida sobre o tenro ter bebês :: abro tua verdade que incendeia, em sonoridades altivas e agudas, som e paz,
a paz dos gerânios, flores antigas que incendeiam :: à lua distante estou agrilhoado por um ouvir dourado ::
eu estendo passos, e vou passando por densos pastos que propiciam esponsais ::
somos duas chAmas que não se apagam, o sonho e uma mão que alimenTa :: o mar legítimo reforçado em seu mistério :: blog da produção poética de marcuS para sílVia ::
sexta-feira, 7 de dezembro de 2018
vocÊ
as bem soberanas
são iguais a você,
e por isso as venero ::
sempre te vejo
nesse espaço
de simplicidade,
bem pequenininha,
uma maloca,
um requinte,
um cheiro
de flor que orna
ou acalma bebês ::
e no espaço
de teu semblante
honrado
porque misteriosamente
vinculado
às soberanas
amorosas de
um olimpo
mais brasileiro,
eu brinco
e ajeito
teu cabelo ::
estrondos
te trazem,
assim como
o vento ::
és iansã,
e eu sempre,
sim,
estremeço ::
uns ficam
chocados ::
outros não
dizem nada ::
mas é principalmente
porque
estou como
um rei
quando eivado
de literatura
que assim
me quedo
apaixonado ::
atingido
pelas flechas
da moça
quando todo
véu e feitiçaria
fornecem
engenharia
para nossos
planos ::
quando estão
em um
único arranjo
teus leões,
tuas formas,
tuas armas,
tuas heras ::
aqui, na preservação
de uma
imbatível
guerrilha,
negros
costumes
ao poeta
são caros ::
uma boca
pintada,
uma cara
de artista,
a relação
com a altivez
de frida kahlo ::
uma
fonte
secreta
te anuncia,
no âmbito
misterioso
desse homem
que sem
medo te ama
e tem por
ti o silêncio
das
formas
familiares
às andorinhas ::
eu te
quero,
eu te cultuo ::
você é meu
corcel de fogo,
você é meu ópio
minucioso,
você é a minha
biblioteca
de alexandria,
minha algazarra
ou folia
do sertão
limpo e organizado,
como a mais perfeita
de todas as mães,
que com arte
me cozinha
e me reparte
em ramos ::
são iguais a você,
e por isso as venero ::
sempre te vejo
nesse espaço
de simplicidade,
bem pequenininha,
uma maloca,
um requinte,
um cheiro
de flor que orna
ou acalma bebês ::
e no espaço
de teu semblante
honrado
porque misteriosamente
vinculado
às soberanas
amorosas de
um olimpo
mais brasileiro,
eu brinco
e ajeito
teu cabelo ::
estrondos
te trazem,
assim como
o vento ::
és iansã,
e eu sempre,
sim,
estremeço ::
uns ficam
chocados ::
outros não
dizem nada ::
mas é principalmente
porque
estou como
um rei
quando eivado
de literatura
que assim
me quedo
apaixonado ::
atingido
pelas flechas
da moça
quando todo
véu e feitiçaria
fornecem
engenharia
para nossos
planos ::
quando estão
em um
único arranjo
teus leões,
tuas formas,
tuas armas,
tuas heras ::
aqui, na preservação
de uma
imbatível
guerrilha,
negros
costumes
ao poeta
são caros ::
uma boca
pintada,
uma cara
de artista,
a relação
com a altivez
de frida kahlo ::
uma
fonte
secreta
te anuncia,
no âmbito
misterioso
desse homem
que sem
medo te ama
e tem por
ti o silêncio
das
formas
familiares
às andorinhas ::
eu te
quero,
eu te cultuo ::
você é meu
corcel de fogo,
você é meu ópio
minucioso,
você é a minha
biblioteca
de alexandria,
minha algazarra
ou folia
do sertão
limpo e organizado,
como a mais perfeita
de todas as mães,
que com arte
me cozinha
e me reparte
em ramos ::
quarta-feira, 5 de dezembro de 2018
mariA
entendo a
revelação de tuas
poderosas mãos ::
e busco uma junção a
teu semblante de maria,
:: uma veneração a ti e a tuas
santas protetoras ::
vós todas, sempre juntando, sempre
perseguindo o bem ::
és mãe bem frondosa
e feiticeira, bem acabada,
ornada,
com frutos gostosos
dourados a oferecer,
não havendo contradição
entre tua bondade e tua ira ::
estala de leve uma
folha em teu cabelo,
já que tu és filha ::
há um penteado de iansã
que te anuncia,
já que tu és
mãe guerreira,
e estás
vertendo leite
e brandindo
bandeiras
de bondade
e fartura ::
verdadeira
mãe que amamenta,
uma roça
pros filhos,
uma pintura
com cocares,
uma lágrima
pelos
prantos
coletivos ::
mãe
marítima
e brasileira,
relação
íntima
com a floresta,
pela intermediação
de imensos
ovários
gentis, frescos
de inteligência,
escondidos
em imaginação
pela
matilha ::
tuas mãos
que lavam bebês
em jarros e pias,
com generosidade e
camomila ::
tuas mãos
que balançam sempre
um berço,
e derramam bênçãos,
uma para
cada filho, brinquedos e netos ::
um canto, uma verdade,
com vocação e
doçura ::
um junção
doce e coralina,
com sabedoria
de confeitar,
escrever e
serenar ofensas ::
uma mãe
mil vezes
entendedora
de tudo
o que é bom ::
sábia
e amantíssima ::
uma mãe perfeitA ::
uma mãe estrelA ::
estrelA
de iansã,
iaRa
e mariA ::
revelação de tuas
poderosas mãos ::
e busco uma junção a
teu semblante de maria,
:: uma veneração a ti e a tuas
santas protetoras ::
vós todas, sempre juntando, sempre
perseguindo o bem ::
és mãe bem frondosa
e feiticeira, bem acabada,
ornada,
com frutos gostosos
dourados a oferecer,
não havendo contradição
entre tua bondade e tua ira ::
estala de leve uma
folha em teu cabelo,
já que tu és filha ::
há um penteado de iansã
que te anuncia,
já que tu és
mãe guerreira,
e estás
vertendo leite
e brandindo
bandeiras
de bondade
e fartura ::
verdadeira
mãe que amamenta,
uma roça
pros filhos,
uma pintura
com cocares,
uma lágrima
pelos
prantos
coletivos ::
mãe
marítima
e brasileira,
relação
íntima
com a floresta,
pela intermediação
de imensos
ovários
gentis, frescos
de inteligência,
escondidos
em imaginação
pela
matilha ::
tuas mãos
que lavam bebês
em jarros e pias,
com generosidade e
camomila ::
tuas mãos
que balançam sempre
um berço,
e derramam bênçãos,
uma para
cada filho, brinquedos e netos ::
um canto, uma verdade,
com vocação e
doçura ::
um junção
doce e coralina,
com sabedoria
de confeitar,
escrever e
serenar ofensas ::
uma mãe
mil vezes
entendedora
de tudo
o que é bom ::
sábia
e amantíssima ::
uma mãe perfeitA ::
uma mãe estrelA ::
estrelA
de iansã,
iaRa
e mariA ::
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Os teus olhos espalham luz divina, A quem a luz do Sol em vão se atreve; Papoula4 ou rosa delicada e fina Te cobre as faces, que são cor ...
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tenho um pássaro na cabeça, por aninhar, e que arde, por tua graça, charme, loucura :: -