domingo, 10 de junho de 2018

liVRe

vc tem a umidade necessária para se parecer com todas as mulheres, mesmo sendo uma :: não temendo
qualquer tipo de adversidade, vai sendo espelho para muitas, várias, em um espaço necessário
de simpatias e identificações :: não há nenhuma dondoquice, nenhum fricote, nenhuma frescura ::
tua fragilidade é a mesma da natureza - serva, e soberana; revolta, e ameaçada de destruição ::
única :: inigualável :: estamos juntos há muito tempo, pregados um ao outro, revelando-nos mutuamente
na vida tempestuosa de muitos filhos (cinco, ao todo), agrados, conquistas, enjoos :: somos absolutamente
livres, e é isso que entendo como o livro de nosso casamento, essa união, cheia de pontos, que é um 



bordado e que nos desenha, misteriosos :: como agora, em toda a liturgia pela união da vida a partir
da dignidade da alimentação, da comida, como se o mundo, tão cheio de corrupção, estivesse
precisando ficar lá fora, enquanto cozinhamos e comemos sem culpa, tornando 
mais clara a força do
bem-estar em família :: é por isso que meus sonhos são sempre sinceros, contigo :: e é por isso que
sei que te mereço, apesar de teus níveis mais elevados, que os meus, de sensibilidade e pureza ::
nessa incompreensão que nossa alma profunda gera, sem que ninguém veja, está uma alusão
ao simbólico matrimônio sagrado, o perfeito casal que compreende com nitidez as agruras de dEus ::
vamo-nos casando, sagrados, enquanto se desfazem na volta os rótulos e os falsos compromissos
de sossego a dois, as falsas promessas de ternura e apreciação entre homem e mulher :: somos tímidos,
como dois pássaros, e isso nos aperfeiçoa o canto e o passo, a condução certa, pelo interior da senda da vida ::

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