sábado, 11 de março de 2023


 






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○●

na hora

densa

de abóbora,

a ventania

serena de oyá

categoricamente

colheu

oitavas

épicas

e doces

búfalas

com

selvagem

trino

espalharam

jovial

euforia

○■

eparrêia

minha

bonita

rainha

alma

parte de

maria,

forte furacão

●■

teu bordado

nada ingênuo

faz a hora

boa

da parteira,

com teu

jeito

amável

no uso de

chás,

temperos,

matricárias,

e nasce

assim 

teu tempero

de moça,

sempre

sonhando

cocares,

espelhos,

ira densa,

os colares

mais chiques,

aves

nacionais

ou indígenas 

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eparrêia, iansã

○○○

teus pés

captam

no chão

seios

e frutos

dourados

enquanto

essências

de um eu-mundo,

de um

pensar

obscuro

da terra,

sabem a admiradas

serventias

na colina,

cozinhando

um olhar

de arraial,

riachos e

mata fresca

○○

naturalmente,

eu viajo

em teu

saber

de fita

e laço

e rosa

amarela,

um saber

oceânico

com concha

no cabelo,

palha de ouricuri

e genipapo,

em flagrante

alegria viajo

por tua

verve

com tons

de

vermelho 

e motes

que vão

de santas

bárbaras

a enamoradas

a borboletas

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eparreia, oyá

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tens o giro

em ti

da delícia

divina

com primeiras

pimentas,

em tua

sensibilidade

guarani,

tens o

que me encanta,

e um cuidar

perfeito

por sobre

os difíceis

arares 

da terra,

meu anjo

torto e

perneta

te encontrou

primeiro

e não

possui

a tensão

de sobrepujar

teu

exército

invencível

○■

antes,

quer

orná-lo

com o êxtase

exacerbado

da lonjura

dilatada

dos homens

de extenso

caboclismo,

amorais

descendentes

do meio

heroico

de menestreis

brasileiros,

com as pazes

feitas

por sobre

as cruzes

e os monturos

da pátria, 

na candura

delinquente

e difícil

de todos

os nossos

sertões 

poderosamente

escondidos 

entre vossos seios ::

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