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na hora
densa
de abóbora,
a ventania
serena de oyá
categoricamente
colheu
oitavas
épicas
e doces
búfalas
com
selvagem
trino
espalharam
jovial
euforia
○■
eparrêia
minha
bonita
rainha
alma
parte de
maria,
forte furacão
●■
teu bordado
nada ingênuo
faz a hora
boa
da parteira,
com teu
jeito
amável
no uso de
chás,
temperos,
matricárias,
e nasce
assim
teu tempero
de moça,
sempre
sonhando
cocares,
espelhos,
ira densa,
os colares
mais chiques,
aves
nacionais
ou indígenas
■■○■
eparrêia, iansã
○○○
teus pés
captam
no chão
seios
e frutos
dourados
enquanto
essências
de um eu-mundo,
de um
pensar
obscuro
da terra,
sabem a admiradas
serventias
na colina,
cozinhando
um olhar
de arraial,
riachos e
mata fresca
○○
naturalmente,
eu viajo
em teu
saber
de fita
e laço
e rosa
amarela,
um saber
oceânico
com concha
no cabelo,
palha de ouricuri
e genipapo,
em flagrante
alegria viajo
por tua
verve
com tons
de
vermelho
e motes
que vão
de santas
bárbaras
a enamoradas
a borboletas
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eparreia, oyá
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tens o giro
em ti
da delícia
divina
com primeiras
pimentas,
em tua
sensibilidade
guarani,
tens o
que me encanta,
e um cuidar
perfeito
por sobre
os difíceis
arares
da terra,
meu anjo
torto e
perneta
te encontrou
primeiro
e não
possui
a tensão
de sobrepujar
teu
exército
invencível
○■
antes,
quer
orná-lo
com o êxtase
exacerbado
da lonjura
dilatada
dos homens
de extenso
caboclismo,
amorais
descendentes
do meio
heroico
de menestreis
brasileiros,
com as pazes
feitas
por sobre
as cruzes
e os monturos
da pátria,
na candura
delinquente
e difícil
de todos
os nossos
sertões
poderosamente
escondidos
entre vossos seios ::
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